A Peugeot está lançando o 408, substituto do 307 sedã na árdua tarefa de competir com os japoneses Civic e Corolla. O modelo chega em três versões: Allure (a partir de R$ 59.500), Feline (R$ 74.900) e Griffe (R$ 79.900). Inicialmente, todas virão com motor 2.0 16V Flex. A Allure é oferecida com câmbio manual ou automático (quatro marchas). As outras duas vêm apenas com transmissão automática. No segundo semestre está prevista a chegada do motor 1.6 turbo (156 cv), que funciona com o câmbio automático de seis marchas. É o mesmo conjunto que equipa o 3008.
Em relação ao 307 sedã, a evolução é grande. O novo modelo apresenta visual bem mais harmonioso. A dianteira é agressiva, com seus enormes faróis (xenônio na versão Griffe). De lado, ele é imponente, por causa do comprimento (4,69 metros, 20 cm a mais que o Civic). De traseira, o estilo é clássico: não empolga tanto, mas é elegante. Embora não seja a última palavra em modernidade, não compromete o conjunto.
Por dentro, o acabamento agrada. O modelo avaliado (Griffe) tem câmbio automático, teto solar, GPS, controle de estabilidade, bancos de couro com ajustes elétricos, ar-condicionado digital com regulagens independentes e saídas para o banco de trás, sensores de estacionamento na frente e atrás, etc.
Quanto ao número de airbags, há uma polêmica na contagem: pelas contas da Peugeot, a partir da versão Feline, são oito airbags: dois frontais, dois laterais e dois de cortina. A conta dá seis, mas a montadora conta em dobro as bolsas de cortina, por protegerem tanto os ocupantes da frente como os do banco traseiro. A versão Allure vem de série com duplo airbag, rodas de liga aro 16, faróis de neblina, ABS, ar-condicionado manual, som com comandos na coluna de direção e computador de bordo, entre outros itens.
A suspensão consegue aliar maciez e estabilidade. Absorveu trechos de asfalto ruim e transmitiu segurança nas curvas. É basicamente a mesma do 307 (McPherson na frente, travessa deformável atrás), mas no novo modelo a bitola é maior. O entre-eixos cresceu 10 cm (foi para 2,71 m). Além disso, ele é 21 cm mais comprido (4,69 m) e 5 cm mais largo (1,81 m) que o antigo sedã. Isso garante conforto para cinco pessoas. As rodas aro 17 e os pneus 225/45 (de série nas versões Griffe e Feline) colaboram para a estabilidade.
Apesar das grandes dimensões e dos 1.527 kg, o 408 Griffe mostrou bom desempenho. O motor de 151 cv (143 com gasolina) é o mais potente da categoria, mas o câmbio de quatro marchas segura um pouco o ímpeto do carro, porque a rotação cai muito nas trocas. Para não deixar o ânimo esmorecer, é preciso manter a tecla “S” (esporte) do câmbio acionada. Aí o 408 fica mais esperto, mas ao custo de aumento de consumo.
O câmbio automático (AT8) é basicamente o mesmo do 307, mas com alterações no software de controle, pressão hidráulica, conversor de torque, etc. O resultado é que as passagens de marcha estão mais suaves (no 307, os trancos são comuns, principalmente nas reduções).
O porta-malas não é tão alto, mas a capacidade de carga é boa. A Peugeot declara 526 litros. Há, porém, a boca do compartimento é muito pequena. O desenvolvimento do carro foi feito conjuntamente por engenheiros franceses, brasileiros, chineses (onde o modelo já está à venda) e argentinos (onde o sedã também já está em produção). O sedã francês é uma espécie de meio-termo entre Civic (do qual herdou a agressividade) e Corolla (conforto). A Peugeot espera vender cerca de 1.500 unidades por mês do 408.
Fonte: AutoEsporte
Nenhum comentário:
Postar um comentário